Muitos cristãos estão sendo atormentados por causa da falta de perdão. A falta de perdão dá ao inimigo uma reivindicação legal e ele entra a fim de oprimir e atormentar. Amargura, que é o resultado da falta de perdão, é o terreno para a semeadura de toda a obra do maligno. Satanás não respeita ninguém que vive com mágoa e falta de perdão. A pessoa que não perdoa está perdendo a capacidade de viver no presente. Pessoas são usadas pelo diabo, até mesmo pessoas que você ama, para lhe causar dor e tristeza e abrir feridas no seu coração. Uma dica de relevante importância: quando satanás vier para ferir, não aceite a ferida. Libere-a através do perdão. Faça-o imediatamente. Não veja a pessoa que o fere; veja satanás usando aquela pessoa que você ama, para lhe ferir. Ela é apenas instrumento. Tenha bem presente uma certeza: nossa luta não é contra pessoas, mas contra as forças das trevas que usam as pessoas (Ef 6,12). Pelo perdão abrimos o caminho para Deus trazer à nossa alma a cura e restauração. Logo, vamos tomar uma decisão de entrar no passado e perdoar todos quantos nos feriram e nos armar para que, da próxima vez, não guardemos mais o ressentimento; liberaremos a pessoa antes que o diabo tome proveito daquela atitude, daquela palavra, daquela circunstância, para nos destruir e estaremos vivendo em vitória, pois andar em perdão, é andar em vitória.
Há uma força tremenda no perdão. Por ele caminhamos na luz e paz de Deus. Uma pessoa que não perdoa é uma pessoa infeliz e doente emocionalmente e isso traz conseqüências para o físico. Andando em perdão, não há como o inimigo penetrar em nossa alma, através das suas feridas, acusações e calúnias. Tal atitude liberará a benção de Deus sobre nós, conservará nosso coração em paz com Deus e deixará livres os que forem instrumentos do mal. Perdoar é ter as emoções sob controle; tome, portanto, uma decisão de sempre perdoar e você será uma pessoa altamente feliz. A amargura do passado flui nos relacionamentos presentes.
Quem não perdoa é prisioneiro das pessoas do passado; está com sua mente e memórias constantemente cheias da lembrança daqueles que foram instrumentos de mágoas. Essa atitude no reino do espírito pode conservar alguém em seu pecado por falta de perdão. São tremendas as palavras de Jesus em João 20, 22-23: “E havendo dito isto, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, são-lhes perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, são-lhes retidos.” Isto implica em que o perdoado está livre, porém, a quem não se perdoa é conservado em prisão. Por ai você percebe o quanto é importante dar o perdão.
Olhemos para Jesus na Cruz: odiado, rejeitado, espezinhado, ferido, mas ainda assim soltou os seus algozes, ao dizer: “Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc. 23,34). Jesus os estava liberando, para que tivessem uma chance de se converter. O mesmo fez Estevão, ao orar: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos 7,60); acredito que Saulo foi liberado ali. Se conservarmos as pessoas que nos fez ou faz sofrer, aprisionadas pela falta de perdão, não somente seremos prejudicados, mas elas também serão. Quem não perdoa é atormentado por demônios. Em Mateus 18, 21-35, Jesus aborda o assunto do perdão e deixa uma série de recomendações a serem seguidas: devemos perdoar setenta vezes sete, isto é, ilimitadamente; logo depois Ele mostra as implicações da recusa de um servo em perdoar.
Aqui vai um princípio: perdoe, e se torne um outro cristo, isto é, um verdadeiro cristão, que é perdoador; retenha o pecado e se torne como o que o feriu.
Deus o abençoe!
Pe. Francisco do Bonfim Almeida de Sousa
Valentim Gentil-SP