Padre Francisco

Padre Francisco
Abençoado és. Um presente de Deus para Valentim Gentil.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus!



   Caríssimos, assim nos convoca a Palavra de Deus na primeira carta de S. João 4,7. O amor de Deus é perfeito e nós como seus filhos somos chamados a amar a todos. “Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos Ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados” (I Jo 4,10).
   Os pais, mesmo amando acima de todas as coisas, são falíveis e, muitas vezes, enfeitam a face do amor. O  amor de Deus está infinitamente além do amor paterno e materno. Por melhores que sejam os pais, o amor de Deus é o único capaz de transformar vidas, de assegurar a vida, de doar a vida, de curar e libertar. Amor fiel que se oferece a nós mesmo que lhe viremos às costas. Não nos cobra, não nos tira um dedinho do seu amor. Em tempo algum deixa de nos amar. O amor de Deus por nós é amor de pai e de mãe. Não é só amor de pai, nem só amor de mãe. É amor inteiro total, perfeito, completo, infinitamente bom, incapaz de não amar ou de amar menos. É amor verdadeiro, gratuito, fiel. Ele quer o melhor para nós. Ama porque é bom, ama porque é amor. É um Deus apaixonado por você, por nós!
   Eis o que nos diz o Senhor: “Mas, eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8). Caro leitor, o amor de Deus não muda: é eterno, perfeito, imutável. As pessoas vivem doentes por falta de amor. São carentes de amor. A maioria é infeliz porque não ama nem é amada; mas à medida que nos deixamos amar, nós mudamos. Quanto mais cremos e aceitamos o Seu amor, maiores transformações são realizadas em nós. E para melhor, sempre para melhor (Cf Jeremias 31,3ss). Se você quiser ter uma vida realmente transformada e liberta precisa se deixar amar por Deus. Ninguém precisa usar máscaras, fazer regimes, operações plásticas, usar roupas novas, trocar os móveis, mudar de casa ou de cara... é com o rosto que temos, com o coração defeituoso, ranzinza e resmungão, cheio de pedregulhos na hora do perdão e quem sabe, bolorento e malcheiroso por causa do mofo de tantos pecados abafados; do jeito que somos, estamos e nos sentimos, é assim que Deus nos ama. Ele vê o que há de melhor em nós e confia. Porque em Jesus, por Jesus, pela graça do Batismo nos tornamos filhos. Deus é nosso Pai. Ele nos escolheu desde toda a eternidade. Somos os seus queridos. A Palavra de Deus nos declara: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Amados, é impossível a nós, homens, compreender a dimensão do amor do Pai. Ele não nos questiona, não impõe condições, não analisa se merecemos ou não o Seu amor. Ele nos ama. E ama a cada um pessoalmente. Possa ser que alguém se questione ou duvide que Deus o ame daquela forma em que ele está, nas condições em que se encontra; pois sim! Deus ama como àquele filho pródigo que deixou a casa do pai e caiu nas armadilhas do engano e ilusões do mundo; muitos se encontram na mesma situação (Cf Lc 15, 11-32). O homem perdeu a própria identidade: despersonalizado, na sua autosuficiência busca em si mesmo a salvação, a redenção, a libertação; desencontrado de si próprio, não sabe nem reconhecer o próprio rosto na multidão espiritualmente debilitada e massificada na idolatria do próprio ego e come os farelos e as sobras dos porcos! “Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava” (Lc 15,16). Meu querido irmão existe esperança para todos aqueles que se encontram mergulhados na lama podre deste mundo; o amor nos convida a colocar os pés no único caminho que conduz à vida eterna de salvação e a conhecer a única verdade que nos tira da morte e da escravidão, a única liberdade que transforma, restaura e vivifica nossa vida. Para desesperança do homem, só existe um remédio, um recurso, uma saída: “Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: meu pai, pequei contra o céu e contra ti” (Lc 15,18). E o Pai que é puro amor te acolherá com toda a certeza.
Deus o abençoe!

Padre Francisco do Bonfim Almeida de Sousa
Valentim Gentil-SP

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